sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Manhãs em migalhas

Só por hoje
Rasgarei meu peito
E arrancarei flores de vidro,
pássaros de origami e velhas mágoas

Picaretas dançam entre minhas vértebras
E eu toco calma a flauta de MAIAKÓVSKI
Nunca acreditei que gangrenas devorariam meu corpo
Pedaços de sorrisos caem desconexos da minha boca
E eu que imaginei morrer um dia de cada vez – Morte Súbita.

Caminho sobre os muros e observo pipas
Losangos e ilusões em perfeita sintonia
O sol explode amarelo em minha mente
E eu penso: deixa-me tocar os lírios – Só por hoje...

20 comentários:

Marisa Prado Lopes disse...

toque os lirios, as rosas, q tudo exale o mais raro frescor!

vc eh incrivel! te adoro linda!

bjaoooooooooooooooooo
Ma'

Anônimo disse...

lendo esta poesia eu vejo que há varios mundos, há o mundo dos felizes acima de qualquer coisa e há os outrs mundos, como esse mundo do poema e o meu mundo se encontra ai no mesmo mundo deste poema.
marcia escrever é criar mundos e desbravar outros mundos e vc faz muito bem:
cria mundos e desbrava outros que teimavam em ficarem escondidos.
que bom.

Anônimo disse...

[...] Pedaços de sorrisos caem desconexos da minha boca.


tão lindo isso...


beijos poéticos!

Arábica disse...

Hoje tocas os lirios,
amanhã num outro võo,
quem sabe?
a antologia
de todas as flores
por nascer e voar.
Porque morrer
quer-se rapido.
E a vida, longa.
Mesmo de "guerras" interiores
entre fantasmas não exorcizados.
Mesmo de abismos
ou de silencios
ou de rajadas de palavras
que te despem,
restando-nos a nós,
ler,
adivinhar,
o ainda vôo
vivo da tua alma,
sedenta.


Beijo e bom fim de semana!

Germano Viana Xavier disse...

A poesia!

Viva!

A poesia também faz morada aqui.
Bom saber disso, Márcia.

Um carinho.
Continuemos...

JC disse...

Fiquei surpreendido com entrei no teu blog e me apareceu um poema, um poema lindo como o são os teus textos.
Toca as flores(os lírios, as rosas as orqídeas, as tulipas) e tantas outras. As flores é do mais belo que existe na natureza.
Beijinhos

Heduardo Kiesse disse...

Um toque de-lírio muito bem plantado, poema forte e poderoso, palavra a palavra - em profunda beleza!

Teu abraço

Ricardo Imaeda disse...

muito bom descobrir seu blog.
espero voltar outras vezes.
um abraço.

Eduardo Miranda disse...

Ah vale... vale muitos contos & poemas & cometimentos literários como os teus...

Luciano Fraga disse...

Márcia, há muito que esperava uma poesia de sua autoria, muito embora seus textos sejam extremamente poéticos, sensacional,matou meu desejo, beijo.

Heitor Cardoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Heitor Cardoso disse...

a perfeiçao te acompanha minha cara..

f@ disse...

Só por hoje abrir as janelas para nuvens tocar lá nos lírios ...

Marcia,
passeia nas nuvens e apanha lá um prémio dourado pelas estrelas…

Beijinhos das nuvens

Anônimo disse...

Oi, Márcia:

Cheguei ao seu blog através do blog do meu amigo Mendes Júnior; vi um comentário seu no blog dele e resolvi ver os seus textos. Você escreve maravilhosamente bem. Esta poesia é linda! Também vi alguns dos seus textos no site Germina, onde as meninas também já publicaram coisas minhas; os textos lá também são ótimos.

Você também escreve para o Cronópios, como eu e o Mendes?

Foi muito bom descobrir seu blog. Passarei por aqui mais vezes.

Um grande abraço, menina!

Metradomo disse...

No fim das contas, todos queremos tocar no diabo do lírio. O teu pode ser a pipa, um riso original ou a morte súbita. Meu lírio é uma asinha de frango maravilhosa, que só mamãe sabe preparar.

Rounds disse...

pô, lindo!

quero sua poesia cada vez mais.

bj

anjobaldio disse...

Obrigado por tuas visitas. Grande abraço.

Heitor Cardoso disse...

Marcia,
foi inevitavel ouvir esse disco e nao lembrar de voce.

http://lix.in/a92332d9

entra no link e baixa :}

'Na Confraria das Sedutoras'

o nome ja diz tudo...

Palatus disse...

Nossa!!! Dancei, viajei nas apalvras, cantei lírica amorosa e senti cheiro de lírios...belo poema, bastante sensitivo. Parabéns!

BAR DO BARDO disse...

lírios... que bom... só por hoje eu aceitaria a morte eterna...