sexta-feira, 10 de abril de 2009

Catedral


Desfaço os nós cegos dos meus dedos,
isso não me confere alegria ou dor
nem dissimula a tristeza que vaza
solitária dos meus olhos

Falsidades ideológicas,
apesar dos meus heterônimos continuo
cavalgando sozinha no breu da noite
entre cabarés parisienses
e anões de Toulouse-Lautrec.

11 comentários:

Adriana Godoy disse...

Márcia, adorei isso aqui. Seus versos são fortes e belos e essa mistura com o quadro de Toulose-Lautrec é genial. Beijo.

Gabriela Galvão disse...

Nossa, eh mt isso: a gente pode ser o quão plural for, ainda estamos sós.

(E isso eh mt rico!)


Bisous

JC disse...

Marcia, lindos os teus versos, a comparação que fazes do desatar dos nós dos teus dedos com o deambular peloa cabarés Parisienses.
Beijinhos

Luciano Fraga disse...

Aonde quer que a gente vá,nossas alegrias e tristezas perambulam junto e apenas a nós pertencem, genial foi a forma que encontrou para expressar isto, forte! Abraço.

f@ disse...

Sublime tb na poesia...
Adorei...

beijinho imenso

Diego Pinheiro: disse...

"Falsidades ideológicas,
apesar dos meus heterônimos continuo
cavalgando sozinha no breu da noite
entre cabarés parisienses
e anões de Toulouse-Lautrec."

Gostaria muito que desculpasse a minha inabilidade em fazer um comentário, Márcia, pois tudo que eu escrever soará ínfimo... Esse poema é arrebatador!

Beijos e abraços

fao Carreira disse...

tenho te visto,...lido....beijos

O empírico disse...

,mas se tirar os nós não resolvem a tristeza
pelo menos resolvem os dedos...

Salomé disse...

Lindo quadro de Henri de Toulouse-Lautrec assim como seus versos..

Luciano disse...

Lindo, lindo e lindo.

Curiosa disse...

que escritos maravilhosos você tem, Márcia ... lindíssimo seu blog ... imagens maravilhosas vc compartilha ... adorei tudo ... abraço ...