Uma conversa com Nilto Maciel, quem puder confira
A ENTREVISTA
NM – Apesar das imensas dificuldades de se publicar livro no Brasil, você se sente com disposição para buscar lugar de destaque na cena literária? Falo em leitores. Ou a publicação na Internet a satisfaz?
MB – A dificuldade em publicar é muito grande. Como provar seu valor literário? Claro que sempre temos a opção das produções independentes ou semi-independentes. Até um lugar apropriado para o lançamento é difícil. Isso porque, em tese, temos vários centros culturais de incentivo à Cultura e vários "personagens empenhados" em apoiar os novos escritores. Eu ainda não consigo enxergar como o livro impresso possa me trazer um número maior de leitores. Acho que isso só ocorreria se eu publicasse por uma grande editora. A publicação na internet me trouxe muitos leitores e leitores competentes, com quem posso dialogar. Isso me satisfaz. A publicação em papel é puro fetiche. Não acredito que ela possa ampliar o número de leitores. Considero um lugar de destaque na cena literária continuar escrevendo, escrevendo, aperfeiçoando, procurando minha voz. O resto é só vaidade. Existe pretensão maior do que o desejo de ser lida e entendida em um mundo rápido e caótico como o nosso?
NM – O que leva um escritor ao catálogo das grandes editoras? Será sorte? Será talento? Não será o próprio mercado, essa entidade tão estranha aos que nela não estão postos? Você escreveria para o mercado, para ser lida, relida, comentada, ovacionada, endeusada? O que o mercado quer? Serão virgens para sacrifício, como na lenda?
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